quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Um filme que conta uma situação um tanto dramática e cruel, cheio de boas músicas para ouvir, mas muitas justificativas parecem mais apontar para um único fato, não se aprofundando bem no todo... assistindo Yonlu



Hoje dia de assistir um filme que parece um partes um documentário, em partes uma biografia, e em partes um musical, tudo misturado com muita poesia, mas quase sem propósito fora a homenagem, mesmo tendo um pouco de tudo, ficou muito explícito e forçado que queria que fosse uma crítica social ao destino do personagem. O início do filme já mostra o principal drama e justificativa, o destino trágico do protagonista que é relatado poeticamente, algo simples e bonito, pena que a justificativa é agregada pelo seu terapeuta que logo se coloca como um forte crítico à Sociedade e a Internet, mostrando bem que isso tudo só aconteceu por esses fatores. O filme caminha lentamente entre música, alguns fatos e muitas poesias. As próprias músicas mostram um tanto da vida do protagonista, que tem seus problemas e é bem diferente do resto da sociedade, mas que também parece querer ser assim. Muitas passagens parecem mostrar a como o protagonista é excluído de tudo, o filme sempre mostra uma grande solidão, pensamentos diversos e, ás vezes, incompreensíveis, mesmo que isso denote uma exclusão social, aqui a sociedade pouco aparece e atua, mais parecendo que o próprio protagonista que se perde em seus pensamentos. Os pensamentos são muito focados em suicídio, ou algo ruim e depressivo, mesmo parecendo uma forma poética A Internet pode se mostra um lugar anônimo em seus pensamentos, mostrando rostos e comentários genéricos. Os poucos momentos de interação social física são fechados na família e em uma garota, que não influenciam demais, parecem todos serem muito normais e indiferentes a tudo, e o filme também não se preocupa muito em mostrar que o protagonista quisesse demonstrar algum sofrimento. O grande foco social ficou na sua interação virtual, um espaço onde ele mesmo diz encontrar um espaço onde tinha amigos. O fim é o relato de seus últimos momentos, forçando bem a intenção do terapeuta, mostrando que a Internet, talvez o único refúgio social eficiente do protagonista, era a grande incentivadora de sua morte, e que sem ela nada disso teria acontecido. No geral, um filme lento, poético, cheio de músicas bonitinhas, nada muito empolgante ou exagerado, de uma certa forma, uma bonita homenagem, mas que também força a acreditar que o destino trágico do personagem estava muito ligado à Internet, e não a seus problemas internos que pareciam ser bem mais interessantes.

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