terça-feira, 6 de novembro de 2018

Um filme que mostra uma versão brasileira do Justiceiro, de uma forma a mostrar mais tiros e mortes do que um roteiro ou drama interessante... assistindo O Doutrinador



Hoje dia de assistir mais um filme do Justiceiro, só que dessa vez uma versão brasileira, com problemas brasileiros, produção brasileira e tudo mais, e como nada é muito original, acaba sendo muito mais do mesmo, sem quase nada de interessante. O começo do filme apresenta o protagonista quase como um herói do dia a dia. Um policial que prende um corrupto de alto escalão, mas que sofre por não poder ir além disso, nem se quer ver alguma condenação, o problema da corrupção é o que direciona fortemente os primeiros atos. Logo que se vê incapaz de ir além do seu trabalho, o maior drama do filme acontece, e mesmo sendo algo ao acaso, o protagonista se vê na obrigação de culpar o governo, e assim a corrupção pela sua dor. Com o passar do tempo, mesmo que o filme não diga o quanto, ele se vê numa situação bem atual de protesto a corrução, e sem mais nem menos resolve se mascarar e resolver tudo com as próprias mãos, numa ação do típico 'exército de um homem só'. Desse momento em diante o herói toma forma e jeito, e de uma forma bem exagerada começa a matança generalizada, não importando como ou onde, o importante foi mostrar mortes bem sangrentas uma atrás da outra, e o filme até se mostra efetivo nisso, o que não falta é sangue e alguns momentos de fortes impactos. Na metade do filme há um 'erro' do herói uma culpa interna assim como o grande motivo dos vilões querer cassá-lo, o que vira o jogo no filme, da forma que for, o filme não se preocupa em quase nada em fazer sentido, o importante é gerar qualquer clima para sair tiros para qualquer lado e porradaria sem noção, com muito sangue, claro! Personagens secundários aparecem e somem um tanto repentinamente, somente a principal coadjuvante faz algo de interessante, mesmo tendo alguns diálogos bem forçados. A parte final do filme roda em reviravoltas entre o herói e os vilões, e tudo é facilmente frágil para dar ação as cenas, muito vem de situações bem conhecidas, onde fica bem evidente e previsível sobre o que vai acontecer, falta muita originalidade, e com uma produção razoável, o sentimento é de já ter visto tudo em outros filmes, e de uma forma bem melhor, até mesmo o fim, que poderia ser dramático, parece simples e bobo. No geral, um filme com um roteiro bem conhecido de várias outras produções com um herói justiceiro que quer vingar por ter perdido algo precioso, e aqui, o vilão é só a corrupção, sem nenhuma profundidade ao tema, apenas uma desculpa qualquer para se fazer a matança generalizada, sem grandes dificuldades para as ações do herói mascarado.

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