sábado, 2 de março de 2019

Um filme que parece um documentário simples, mais sobre religião do que prestar uma homenagem, bagunçado por não deixar um objetivo explícito... assistindo Fevereiros



Hoje dia de assistir uma espécie de biografia para um momento específico de uma grande cantora nacional, que foi homenageada por uma grande escola de samba campeã, mas que também foca demais em situações religiosas, parecendo mais uma explicação religiosa do que uma homenagem. O filme foca bastante em Maria Bethânia e sua vocação religiosa, de uma forma a tentar formar um documentário, seja relacionado aos Santos ou ao Candomblé, que chega até ser interessante, mas é muito confuso no seu propósito como um todo. O estilo do filme é como se fosse uma grande entrevista, com um certo foco religioso, mesmo não havendo nada muito intenso, são comentários na sua maioria leves e que parecem apresentar uma Maria Bethânia mais leve e fora da sua carreira como cantora. Logo o filme também se coloca como uma história de como a Mangueira ganhou o Carnaval homenageando Maria Bethânia, o que quase não faz muito sentido ao contexto que mais percorre o filme. A parte religiosa é explicada mais num contexto histórico, não há nenhum fanatismo ou tentativa exagerada de convencimento, são apenas fatos soltos e curiosos complementados por coadjuvantes, famosos ou não. Tudo não parece ter começo, meio ou fim, o tempo não é linear, e tudo parece um tanto misturado entre fatos do passado e presente. Até mesmo seu fim parece acabar repentinamente, de uma forma de agradecer a mangueira pela homenagem, mesmo que não pareça em quase momento nenhum pertencer ao documentário. No geral, um filme que parece um documentário simples, mais sobre religião do que prestar uma homenagem, e que fica até um pouco mais bagunçado por não deixar um objetivo mais explícito, garantindo só algumas coisas curiosidades, mas que não empolga, ou traz um sentimento que querer saber o motivo de tudo o que foi mostrado.

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