quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Um filme que não mostra muito bem nem as mortes e nem a vida do protagonista, parecendo até a enrolar o espectador em alguns momentos... assistindo O Nome da Morte



Hoje dia de assistir mais um filme nacional, aqui baseado em fatos reais, que deveria envolver muitas mortes e tudo mais, mas o próprio filme parece se enrolar muito e acaba não se decidindo o que realmente quer mostrar. O começo do filme mostra como o protagonista se forma, dando uma leve forçada de como o mundo do crime entra na vida das pessoas que não sabem o que querem da vida. É um começo intenso, pesado e forte, mostrando que a vida criminal não é uma coisa simples, que não se aprende somente fazendo e que no fim as pessoas têm sentimentos, mesmo fazendo tudo o que fazem. Logo o protagonista entra na linha principal do filme, o filme conta as mortes de forma um tanto espaçada, o que dá uma impressão uma pouco falsa de que aquele número seja realmente verdadeiro. A ganância toma uma forma mais clara, e o protagonista parece não ter mais sentimentos, apenas fantasmas o atormentam numa mistura de drama e frieza, que não deixa muito claro quem realmente é o protagonista, se é uma pessoa que se atormenta ou não com o excesso de mortes. Logo um clima romântico deixa o personagem mais humano, querendo mais sentimentos e menos problemas, mas nunca deixando claro se quer ou não se redimir, as escolhas fazem a pessoa, e aqui fica bem claro, o protagonista é feito para matar, querendo ou não o mundo do crime chama e ele não recua. Chegando próximo do fim do filme, até há uma boa sensação de redenção, mas mais uma vez a ganância toma forma e tudo parece voltar ao caminho que o protagonista sempre quis, viver do crime, e viver muito bem. O fim é mais dramático para dar a entender que o protagonista quer se redimir, mas mais uma vez nada ali parece dar uma intensidade para mostrar essa verdade, e tudo fica parecendo um pouco enrolado, para que sempre o protagonista volte ao crime, e tudo o que o cerca na verdade são apenas problemas para a matança e não para sua redenção. No geral, um filme que tem uma indicação clara para o crime, mas que de certa forma parece querer iludir o espectador a pensar outras coisas, tanto no espaçamento de alguns atos, quanto aos cenários de drama fracos que nunca dão em nada, deixando uma sensação de querer mais enrolar do que deixar o clima mais pesado ganhar forma.

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