sábado, 4 de agosto de 2018

Uma animação que pode faltar de tudo um pouco nas qualidades técnicas, mas um roteiro bem interessante, simples e empolgante, conseguem conquistar o espectador... assistindo Ilha dos Cachorros



Hoje dia de curtir uma animação, que poderia ser japonesa ou americana, mas que na sua continuidade se mostrou muito mais americana, tanto pelo elenco quanto pela condução da história. O início do filme apresenta uma história um tanto fantasiosa, que poderia ser bem interessante, mas a própria condução do primeiro ato, se mostra como uma situação um pouco desconexa com o resto do filme. Logo o filme se coloca no cenário principal da história, de como se forma a Ilha dos Cachorros e qual o sentido de toda a aventura, em um tom dramático, principalmente para os pobres animais. O segundo ato começa de forma um pouco espetacular, uma situação um tanto sem noção coloca o principal humano no meio dos cães e a história evolui com mais dramas, além de mostrar a personalidade dos principais cães e humanos, mostrando muitas vertentes do filme, desde a parte cômica até uma lição de vida. O filme parte para os outros atos de forma mais constante, é uma mistura de aventura, comédia, drama e um roteiro praticamente sem o menor sentido, há simplesmente um ódio implícito explicado no primeiro ato, e uma busca quase incessante de que aquilo venha acontecer associado a outros que querem o oposto. O que deixa o filme com ares de mistério é ver os cães falando em inglês e os humanos em japonês de forma proposital, serve muito para confundir o espectador, e deixar muitos mistérios no ar, mesmo os humanos sabendo falar em inglês, tudo é feito para direcionar a atenção para os cães, numa mistura bem estranha de acompanhar. Com um roteiro e uma produção confusa poderia dizer que o filme é bem ruim, porém isso tudo chega ao ponto de empolgar e tentar acompanhar a louca aventura, querer saber o óbvio e gostar dos cães é um sentimento presente principalmente do meio para o fim do filme, até mesmo sendo um stop motion muito pior do que já visto em outros filmes, a boa imersão com os protagonistas caninos pode salvar o filme para quem conseguir enxergar esse sentimento. O fim do filme segue a mesma tendência geral, nada é surpreendente ou exagerado, tudo parece só dramático e nem empolga para torcer demais para alguém, o sentimento que fica é de ver todos os pobres cãezinhos são e salvos. No geral, um filme que tem muita coisa bagunçada e até malfeita, uma produção que não tem qualidade na animação, um roteiro pobre e uma caracterização confusa para os personagens, mas que mostra que uma confusão louca de fatores e pobreza pode dar certo em muitos pontos, levando o espectador não se importar com a grandeza de efeitos ou roteiro e sim com a simplicidade dos personagens e suas atitudes e destinos.

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