sábado, 8 de setembro de 2018

Um filme que parece esquecer o cenário apresentado no primeiro filme, colocando os protagonistas numa história bem fraca, que só vale por uma boa reviravolta perto do final... assistindo Círculo de Fogo: A Revolta



Hoje dia de assistir à continuação de um filme que poderia ser somente uma cópia dos seriados japoneses com robôs gigantes, mas que se saiu muito bem e realmente merecia uma continuação, mas só foi mudar o diretor, que parece que toda a empolgação do primeiro filme foi para o esgoto com essa troca. O começo do filme mostra um clima muito diferente do primeiro filme, toda a luta pela sobrevivência, a esperança da humanidade, foi trocada por um conjunto de adolescente quase bizarros, num futuro apocalíptico besta e sem nenhuma ligação com o primeiro filme, se a garra da humanidade foi uma das grandes chaves do primeiro filme, aqui se mostrou um mundo quase feito por gente idiota. Logo depois do primeiro ato, o protagonista, e o roteiro se voltam aos robôs gigantes, ou quase isso. Com uma boa justificativa, os robôs não são mais necessários, e o filme foca muito nas relações pessoais, com alguns dramas, mortes e reinvenções, dando outro sentido ao filme, fugindo quase completamente da sensação de sobrevivência, parecia ser mais um filme de evolução tecnológica, até mesmo a parte de ação e aventura parece ter sido trocado por um drama de gente com medo dessa evolução. Na metade do filme o filme finalmente lembra que os Kaijus eram importantes para a história, mesmo assim, a ideia é porcamente mal encaixada, deixando a ideia de perigo gerada por eles de lado. Em muitos momentos o filme tenta repetir as cenas do primeiro, e como falta emoção e contexto, nada fica bem encaixado, parecendo uma cópia muito malfeita do primeiro, do que uma continuação. A história da uma reviravolta interessante no seu final, mesmo que sejam com personagens muito secundários e com menos identificação, fez algum sentido. Logo o protagonista se torna uma espécie de herói (até os 15 minutos finais era difícil ele ser algo interessante no filme) e a luta final parece uma mistura de Power Rangers com Godzilla, com direito a uma cópia bem avacalhada de fusão para formar algo maior, se a coisa era bem ruim, aqui o clímax foi uma coisa bem pior do que poderia se imaginar. Até mesmo a grande vitória final é bem ruim de sentir uma empolgação, tanto pela ideia de perigo, quando pelos personagens, era melhor terminar logo do que esperar mais coisas ruins que poderiam aparecer. No geral, um filme que não gera uma sensação de continuação, o roteiro reinventa muita coisa sem o menor sentido, vários pontos que o primeiro mostra são completamente esquecidos, dando lugar a uma espécie de Power Rangers de adolescentes revoltados, se A Revolta do título quis dizer algo, não é nada em relação aos Jaegers, Kaijus ou associado a alguma ideia do primeiro filme.

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