sábado, 8 de setembro de 2018

Um filme que parecia mostrar uma louca aventura pela arte, mas ficou muito numa ligação mais humana, deixando a arte muito em segundo plano... assistindo Gauguin - Viagem ao Taiti



Hoje dia de assistir um filme sobre um pintor bem famoso, que suas obras só foram verdadeiramente conhecidas no seu pós morte, e aqui conta uma parte de como algumas de suas telas foram produzidas. O começo do filme é uma introdução simples e um pouco dramática. O tanto da loucura do pintor em busca de uma verdadeira inspiração o leva a atitudes exageradas, e que mostram que ele está disposto a tudo para produzir suas obras, deixando bem claro que é o que ama fazer acima de tudo e todos. O filme pula de atos de forma um tanto abrupta, não há muitos detalhes dos acontecimentos, apenas que acontecem e o protagonista embarca no que considerava a melhor coisa a se fazer para produzir seus quadros. Logo o filme encara os dramas mais humanos dessa viagem, as interações do protagonista com outras pessoas e como ele coloca quase sempre a pintura em primeiro lugar, indiferente das amizades ou das pessoas que ama. A principal coadjuvante aparece bem, é simples, não há uma forçação na ideia de que ela vai mudar algo em Gauguin, e isso deixa o filme bem repetitivo, parece apenas mudar as situações, mas a ideia de produzir quadros acima de tudo e o parcial incomodo de todos em volta dessa situação dura mais de 30 minutos de filme, o que dá um certo sono e desanimo em querer acompanhar a aventura. Nesse tempo é que várias obras são produzidas, mesmo em situações um pouco sem noção, o que deixa o filme uma sensação que o roteiro foi deixado de lado, somente para mostrar como esses quadros foram produzidos. O drama só volta a ter alguma empolgação quando os coadjuvantes começam a querer sair dessa realidade, o próprio pintor se dá conta que precisa fazer mais e começa a simplesmente fazer as coisas mais por sobrevivência do que por amor. Algumas lições de vida podem ser interpretadas e todas remetem a própria desgraça do protagonista, que faz muitas escolhas impulsivas e exageradas até praticamente perder tudo. O fim do filme é simples, mostra muito do que é a loucura de querer fazer coisas pensando somente na arte, deixando o protagonista como a história conta no seu fim de vida, algo que também aconteceu com outros loucos que só se importaram com sua arte. No geral um filme que apresenta uma aventura que começa um pouco louca e artística, mas que migra para um drama mais humano e sem muitas ligações com a arte, parecendo mais uma aventura do que um documentário, mesmo querendo mostrar até que bem como algumas telas foram produzidas, o roteiro não acompanha bem isso, deixando o filme um pouco sem saber muito bem o que queria mostrar.

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